A relação de Portugal com o mar é de incontornável importância: tem vindo a definir social, cultural e estrategicamente o país, marcando a sua história ao longo dos séculos. É sob o signo da água que o coletivo Drumming apresenta, em Viseu, Mares, do compositor António Chagas Rosa. Um trabalho que pode ser encarado como uma fantasia de um português nascido à beira mar, mas que demonstra bem a variedade de recursos e maturidade criativa do compositor e a maturidade interpretativa e constante capacidade de renovação do Grupo de Percussão.
Neste concerto, para além das obras compostas por António Chagas Rosa, o grupo aborda ainda temas de outros compositores como Viet Cuong, José Manuel Lopez Lopez, Isabel Soveral e Fernando Villanueva. Para palco, trazem o som ocultado e límpido da água que coabita nas nossas casas, a dança da mãe Yemayá criadora da vida, o haikus marítimo que nos inspira, o movimento do Dragão protetor dos oceanos e as diferentes texturas de um movimento perpétuo que convida ao imaginário de cada um.
Direção Miquel Bernat
Percussão Miquel Bernat, Rui Rodrigues, João Tiago Dias, Pedro Oliveira,
Saulo Giovannini e João Miguel simões
Desenho de som Süse Ribeiro
Desenho de luz Emanuel Pereira
Produção Drumming Grupo de Percussão
© Susana Neves