Um pato selvagem ferido por um tiro mergulha até às profundezas de um lago e aí opta por morrer. É esta a metáfora usada por Henrik Ibsen para retratar os temas fortes que aborda nesta peça e relatar a história da família Erdal.
Visão e cegueira, idealismo e vulgaridade, verdades e mentiras dão corpo a uma história de consciência moral que evoca tragicamente a fragilidade humana, na qual a felicidade é destruída pelo fanatismo idealista da verdade absoluta.
Considerado por muitos a peça onde melhor se identifica o génio de Ibsen, O Pato Selvagem reflete ao longo de cinco atos sobre a existência de “mentiras necessárias” à sobrevivência da família, em particular, e da humanidade em geral.
Texto original Henrik Ibsen
Encenação Tiago Guedes
Interpretação Anabela Almeida, Gonçalo Waddington, João Grosso, Lúcia Maria, Margarida Correia, Pedro Gil e Tónan Quito
Música Manel Cruz
Luz Rui Monteiro
Cenografia e figurinos Ângela Rocha
Coordenação de produção Manuel Poças
Coprodução TNDMII
A partir da tradução de Gil Costa Santos e Ragnhild Marthine Bø; Henrik Ibsen, Peças escolhidas 2, Livros Cotovia, Lisboa 2008
© Filipe Ferreira | TNDMII