No ano em que se celebra o centenário da criação de A Sagração da Primavera, uma composição musical de Igor Stravinsky e coreografia de Vaslav Nijinsky, Olga Roriz lança-se num corpo a corpo com essa obra maior, num confronto nunca pacífico. Ao longo da sua carreira, a coreógrafa/intérprete foi-se cruzando com esse universo, primeiro como intérprete no Ballet Gulbenkian e, mais recentemente, enquanto coreógrafa, numa adaptação para a Companhia Nacional de Bailado; pelo meio ficou o dia em que viu, num minúsculo televisor, a versão de Pina Bausch e a decisão de nunca coreografar esta peça. Fugazes instantes para chegar a este solo, a sua primeira criação desta obra, onde procura “reescrever a história, acrescentar referências e criar o momento. Paixão, memórias e saber manter-se-ão intactos, serão respeitados mas sem voz, sem espaço, sem presente”.
Direção e interpretação Olga Roriz
Música Igor Stravinsky
Cenário e assistência dramatúrgica Paulo Reis
Figurino Olga Roriz e Paulo Reus
Desenho de luz Cristina Piedade
Desenho de som Sérgio Milhano
Diretor técnico Manuel Alão
Assistente de cenografia e figurino Maria Ribeiro
Secretariado e produção Teresa Brito
Gestão e direção de produção Fernando Pêra