sex 21h00 | 110 min. + conversa no final | m/ 6 anos
LOCAL Sala de Espetáculos
PREÇO 7,50 € // descontos não aplicáveis
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Espetáculo acessível com Audiodescrição e Língua Gestual Portuguesa
«[…] do muito que desde 2019 Jonas & Lander têm vindo a pesquisar, surgiu uma coreografia na qual a música é o fado, os instrumentos são duas violas e duas guitarras portuguesas e os bailarinos são cinco — um deles também fadista, o Jonas, alma do projeto. A criação deste “Bate Fado” resulta do encontro entre o que se sabe de uma tradição quase perdida e a reconfiguração criativa daquilo que existia antes; é um objeto totalmente original, ancorado numa tradição tomada, literalmente, a sério. O espaço cénico, de Rita Torrão, sugere um coreto, lugar onde se faz música e ocasionalmente se dança, e que abre quando é necessário o espetáculo transbordar para o espaço alargado da cena. “Bate Fado” tem do fado, como o conhecemos, a gravidade e a sombra da melancolia; tem da música desse mesmo fado a capacidade de permanente transformação; e tem da dança, e do conjunto de todos os elementos, uma vitalidade nada menos do que euforizante, desde o primeiro até ao último minuto.»
JOÃO CARNEIRO
EXPRESSO, 16 de julho de 2021
«Em Bate Fado — uma viagem ficcionada a uma Lisboa oitocentista, onde o fado espontâneo acontecia dentro e fora de portas, nos campos, nas vielas e nas tabernas, e se dizia batido e dançado —, Jonas & Lander propõem uma sensual travessia coreográfico-musical, semi-ficionada, desse fado batido em contextos vincadamente marginais e de transgressão. Satirizam, com o humor que lhes é próprio, a censura que sobre ele exerceram a Igreja Católica e a ditadura do Estado Novo.
Supõe-se que as primeiras versões do fado dançado tenham tido origem no lundum, uma dança de origem africana que terá chegado através das pessoas escravizadas primeiro a Cabo Verde, depois a partir do século XV a Portugal, e no século XVII ao Brasil. O lundum também se batia, com movimentos sensuais de umbigada, de que o fandango ainda possui ecos. Essa dança considerada indecorosa e imoral, proibida ao longo de séculos, viria a adquirir tonalidades mais nostálgicas, vagarosas e sentimentais, próximas do que viria a ser o fado urbano do século XIX.»
ALEXANDRA BALONA
PÚBLICO, 23 de abril de 2021
Direção artística e coreografia Jonas&Lander
Investigação Jonas, Lander Patrick
Interpretação Catarina Campos, Jonas, Lander Patrick, Lewis Seivwright e Melissa Sousa
Baixo Yami Aloelela
Viola Tiago Valentim
Guitarra portuguesa Acácio Barbosa e António Duarte Martins
Voz Jonas
Composição musical Jonas&Lander
Direção técnica e desenho de luz Rui Daniel
Operação de som João Pedreira
Cenografia Rita Torrão
Figurinos Fábio Rocha de Carvalho e Jonas
Calçado Gradaschi
Direção de produção e gestão Patrícia Soares
Produção executiva Inês Le Gué
Assistente de cenografia e figurinos Helena Baronet Casa de produção Associação Cultural Sinistra
Coprodução Centro Cultural de Belém, Cine-Teatro Avenida, Teatro Académico Gil Vicente, Teatro Municipal do Porto e Theater Freiburg
Residência de coprodução O Espaço do Tempo
Apoio à criação Centro Cultural Olga Cadaval, Estúdios Victor Córdon / OPART, Mala Voadora e Pro.dança
Apoio à investigação Casa-Museu Leal da Câmara, LIPA - Laboratório de Investigação de Práticas Artísticas da Universidade de Coimbra e Museu Bordalo Pinheiro
Discografia Valentim de Carvalho
Projeto apoiado pela República Portuguesa - Cultura | Direção-Geral das Artes