Depois de Tito Andrônico e Júlio César, Shakespeare recorre mais uma vez à Roma antiga para falar à Inglaterra dos seus dias. A tragédia de Coriolano, inspirada em Plutarco, transforma o conflito político no conflito ritual do teatro, apoiando-se na História. Vista como a última das tragédias de Shakespeare, Coriolano narra a ascensão e queda do general Caio Marcio Coriolano.
A escolha de Coriolano justifica-se pela sua pertinência face ao presente coletivo, supondo que o teatro responde a esse presente.
Como sempre em Shakespeare o drama é excruciante pois tanto o povo, como as elites como o tirano têm razão. Para o encenador Nuno Cardoso, “o drama atual é esse também: as diferentes causas mostram- -se irredutíveis e contraditórias entre si, misturam argumentos de verdade e de demagogia e a tensão escala…”
Tradução Fernando Villas-Boas
Encenação Nuno Cardoso
Assistência de encenação e movimento Victor Hugo Pontes
Apoio dramatúrgico Ricardo Braun
Cenografia F. Ribeiro
Guarda-roupa Alejandra Jaña
Desenho de luz José Álvaro Correia
Música Rui Lima e Sérgio Martins
Interpretação Afonso Santos, Albano Jerónimo, Ana Bustorff, António Júlio, Catarina Lacerda, Daniel Pinto, João Melo, Luís Araújo, Mário Santos, Pedro Frias, Ricardo VazTrindade, Rodrigo Santos e Sérgio Cunha
Coprodução Ao Cabo Teatro, Teatro do Bolhão, TNDMII, TNSJ, Centro Cultural Vila Flor e Teatro Viriato