qua 21h00 | 60 min. + conversa no final | m/ 16 anos (cenas de nudez)
LOCAL Sala de Espetáculos
PREÇO 5€ // descontos não aplicáveis
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Espetáculo acessível com Audiodescrição
«Manifesto. Cru, rude, de dúvida e poder. Ponho na arena o espaço pélvico como tabu, como produtor de movimento, como espaço físico que contém órgãos reprodutores, sexuais, orifícios e zonas erógenas. Trauma e prazer.
É um combate, entretenimento, um clube, um espaço sagrado, um cabaret, um quarto. É um grito de explosão contido sobre o privado e o público, os rituais de antes e de hoje; tudo sem geografia definida, a não ser a do corpo. Faço descer a Vénus de Hottentot e assumo o poder que lhe foi retirado e também a dor profunda da exposição a que foi sujeita. Agarro e transformo. Viajo pelo tempo, pelo feminino e masculino de ser mulher num espaço social e político de poder e vulnerabilidade, na reivindicação de liberdade, diversão, prazer e dor. É a reclamação do espaço do(s) corpo(s), a libertação do medo deixando o corpo à frente na luta.»
PINY
«Ousada e febril, o solo de Anaísa Lopes (a.k.a. Piny) é um exame indutor de transe do corpo da mulher com foco em seu núcleo mais sagrado e violado: o espaço pélvico, como diz a criadora. Explorando arquétipos históricos da objetificação feminina e da sexualidade, como Saartjie Baartman (infamemente conhecido como Vénus de Hottentot), e ícones da dança do ventre, “HIP. A Pussy Point of View” remete-nos às reencarnações YouTubeera (os corpos femininos hipersexuais do hip-hop e de outras cenas da música urbana, e mais especialmente do funk brasileiro, um género muito difundido em alguns contextos portugueses), convidando todos os tipos de física, digressões etológicas, estéticas, sociais e políticas. No geral, é uma jornada fascinante e animada ao funcionamento interno de um corpo feminino dançante, considerado tanto uma zona erógena quanto uma zona de guerra. Ou você a experimenta como uma afirmação direta sobre o poder da pelve, apesar de todos os traumas e agressões infligidas a ela desde tempos imemoriais, ou como uma celebração contagiante e alegre de suas possibilidades infinitas, "HiP. A Pussy Point of View" é absolutamente imperdível.»
INÊS NADAIS
in PT.21, Portuguese Platform for Performing Arts
Conceito, coreografia, interpretação e HIPzine Piny
Sonoplastia Pedro Coquenão
Design de iluminação Carolina Caramelo
Edição vídeo Maria Antunes
Figurinos Veronique Divine e Piny
Pesquisa de dança com Blaya, Louise L'Amour, Catarina Branco, Stella Capapelo, Carina Russo, Ariane Magri
Coprodução Teatro Municipal do Porto / DDD - Festival Dias da Dança
Residências artísticas Teatro Municipal do Porto - Teatro do Campo Alegre, O Espaço do Tempo, Estúdio Victor Córdon - Residências Artísticas