Seis bailarinos em palco imóveis. Quando um sétimo se junta ao grupo, tem início uma explosão enérgica e uma marcha imparável, uma espécie de metáfora furiosa que revela uma intensa vontade de viver. O palco começa assim a parecer-se com o Shrine, espaço mítico e mágico, meio templo, meio discoteca, onde o nigeriano Fela Kuti costumava cantar a sua esperança e a sua revolta, depois de rezar com a sua audiência.
Kalakuta Republik é um espetáculo coreográfico de Serge Aimé Coulibaly inspirado em Fela Kuti, compositor, saxofonista, ativista político, inventor do Afrobeat e opositor aos governos repressores em África. O espirito de Fela é o fio condutor de toda a performance. Contudo, este espetáculo não é uma biografia, é um estudo coreográfico emocionante de como o envolvimento artístico pode interferir a nível político. Kalakuta Republik é um pedaço de África sem clichés.
Conceito e coreografia Serge Aimé Coulibaly
Criação e interpretação Adonis Nebié, Marion Alzieu, Sayouba Sigué, Serge Aimé Coulibaly, Ahmed Soura, Ida Faho e Antonia Naouele
Criação musical Yvan Talbot
Criação de vídeo Eve Martin
Dramaturgia Sara Vanderieck
Assistente de coreógrafo Sayouba Sigué
Cenário e figurinos Catherine Cosme
Desenho de luz Hermann Coulibaly
Direção técnica Sam Serruys
Produção Faso Danse Théâtre & Halles de Schaerbeek
Produção executiva Halles de Schaerbeek
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