Desde a campanha para as Autárquicas de 1986, o Teatro Viriato era uma questão que preocupava os autarcas. Ao propormos um projecto à Faculdade de Arquitectura do Porto e ao elaborarmos um intricado Programa que lhe serviu de base, tentávamos fazer um teste à capacidade de um futuro “Viriato” dar resposta às principais linhas de uma moderna concepção de Espaço de Acção Cultural! Não conheço conceito mais teatral que o de “Acção”. E, já que nesta questão, em Viseu, é de Acção Cultural que se trata.
Atuámos! Representámos “Teatro de Enormidades…”, palavras de Aquilino, por dentro da velha carcaça. Depois ajudámos os jovens arquitectos a representar todas as outras formas possíveis deste velho “local” de futuros, novos “crimes”. Quando o Presidente da CMV Eng. Engrácia Carrilho e o vereador Dr. Sebastião Antunes, nos expressaram o seu entusiasmo por estes Projectos da Faculdade e o seu entendimento do interesse desta Sala (articulada, claro, num conjunto de espaços culturais a conquistar), apercebemo-nos subitamente, de que ao escolhermos o Teatro Viriato como exemplo, tínhamos escolhido a sala que sempre desejáramos!
Ricardo Pais, in Teatro Viriato - 9 Propostas, julho 1986, edição Área Urbana - Núcleo de acção Cultural de Viseu (Cadernos A.U. nº 3)
Folha de Sala disponível aqui