Time present and time past
Are both perhaps present in time future
And time future contained in time past.
If all time is eternally present
All time is unredeemable.
T. S. Eliot
O tempo presente e o tempo passado
Estão ambos talvez presentes no tempo futuro,
E o tempo futuro contido no tempo passado.
Se todo o tempo está eternamente presente.
Todo o tempo é irredimível.
Um corpo exausto entra em cena e corre até ao microfone colocado no centro do palco. Ofegante, partilha com o público a ideia de ausência de direção. Tudo pode acontecer a partir daquele momento. A esta figura somam-se mais quatro corpos. Um de cada vez, compartilham uma qualquer ideia fragmentada.
Assim tem início “O que Fazer Daqui para Trás”, uma performance, dirigida pelo coreógrafo João Fiadeiro, que explora o tempo enquanto unidade duracional, suspensa ou intervalar. Os performers exercitam no palco uma crítica à sensação avassaladora de urgência e à rotina acelerada que se vive.
Afinal porque corremos, do que fugimos? O que nos impede de parar e esperar pelos outros, sem impor a ideia constante de partida?
Proposta e direção João Fiadeiro
Performers e cocriação Adaline Anobile, Carolina Campos, Márcia Lança, Julián Pacomio e Daniel Pizamiglio
Assistentes de direção Carolina Campos e Daniel Pizamiglio
Desenho de Luz Colin Legras
Direção Técnica Leticia Skrychy
Desenho de legendas Stephan Jürgens
Produção executiva RE.AL (Lisboa)
Coprodução Teatro Maria Matos (Lisboa) e Teatro Rivoli (Porto)
© Patrícia Almeida