Parasomnia questiona o lugar do sono e do sonho na sociedade atual, norteada pela eficácia e pela produtividade. Nesta instalação-performance promove-se a “estimulação da produção de melatonina”, os “vapores de sonolência apropriados à indução de um sono regenerador propício à prática do sonho lúcido”, a desaceleração dos corpos e o arrastar das vidas. Por entre as salas onde está espalhada a instalação, Patrícia Portela convida-nos para uma experiência imersiva com recurso às artes visuais, poemas e sugestões interativas. Ao longo do percurso somos incitados a esperar, a desacelerar, a estar; a rendermo-nos a um estado que oscila entre a dormência e a vigilância. Somos induzidos a adormecer ou talvez a acordar. Cada um de nós decide quando e como deve abandonar cada um dos aposentos.
Parasomnia foi uma das cinco obras finalistas do Prémio Media Art Sonae 2015.
Espaço, texto, imagens Patrícia Portela
Murais vídeo Irmã Lucia efeitos especiais e Patrícia Portela
Espaço sonoro antecâmara Christoph de Boeck
Edição de texto Isabel Garcez
Vozes Célia Fechas e Thiago Arrais
Performers Patrícia Portela, Célia Fechas, Mónica Coteriano, Leonor Barata, Sandra Caldeira e Thiago Arrais
Iluminação Leonardo Simões
Violino Elisabeth Drouwé
Refeição soporífera Annick Gernaey
Bancos de espera João Gonçalves
Jóias Alda Salaviza
Construção dos bancos de espera Leonel & Bicho
Construção da banheira Daniel Neagoe, Atelier Pica-Pau
Produção Prado, Associação Cultural
Coprodução Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Kaaitheater, Festival de Artes de Macau, Maria Matos – Teatro Municipal