Em Pocilga, corpos e porcos são objetos de uma mesma ocultação, de uma depreciação. Pasolini pinta um quadro metafórico que retrata a decadência da degradação humana, alastrada pela sociedade capitalista, retrato esse que destila a história de um homem cuja paixão é causa de escândalo.
A sua diversidade, o amor desviante, a sua monstruosidade, poderá equiparar-se ao massacre de milhares de corpos de uma Alemanha nazi? Em Pocilga sim. Uma aliança política urge como meio de calar tudo o que não vive, ou seja tudo o que não é visto aos olhos dos outros. O amor, o sagrado e o político são três das principais dimensões desenvolvidas na peça de teatro dirigida por John Romão.
O espetáculo Pocilga pretende homenagear um dos autores mais profícuos e controversos do nosso tempo, no ano em que se assinala os 40 anos da sua morte.
Texto Pier Paolo Pasolini
Encenação e tradução John Romão
Interpretação Albano Jerónimo, Ana Bustorff, Cláudio da Silva, João Lagarto, Mariana Tengner Barros, Miguel Loureiro, Pedro Lacerda, Guilherme Moura e Mickael Oliveira
Figurinos Carolina Queirós Machado
Música Nicolai Sarbib
Espaço sonoro João Bento
Desenho de luz José Álvaro Correia
Produção executiva Stage One
Coprodução Rede 5 Sentidos (Teatro Nacional São João, Teatro Viriato, Teatro Virgínia), Coletivo 84 e Culturgest
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© Bruno Simão