Uma data de placas de gesso laminado, como se uma bola gigante tivesse caído num chão de pladur. Cláudia Dias e Igor Gandra constroem, em Quarta-feira: O tempo das cerejas (terceira criação do projeto Sete Anos Sete Peças), um cenário recorrendo ao mesmo material de construção usado em milhares de casas portuguesas, para logo de seguida começarem a desconstruir. Os artistas procuram assim fazer uma alusão direta a todos os assuntos que são varridos para baixo do tapete ocidental. Ao mesmo tempo procuram aproximar os portugueses às crateras abertas pelos mísseis e bombardeamentos que acontecem noutras partes do mundo. No meio do chão do palco, um olho negro, um sinal negativo que revela o que está por fazer.
Direção artística Cláudia Dias
Artista convidado Igor Gandra
Intérpretes Cláudia Dias e Igor Gandra
Cenário e marionetas Igor Gandra e Cláudia Dias
Assistência artística Karas
Realização plástica Eduardo Mendes
Oficina de construção Igor Gandra, Cláudia Dias, Karas, Eduardo Mendes, Daniela Gomes e Nádia Soares
Desenho de Luz Nuno Borda de Água
Coprodução Maria Matos TM, Teatro Municipal do Porto, Centro Cultural de Vila Flor
Produção Alkantara
Alkantara – A.C. é uma estrutura financiada por República Portuguesa | Cultura/Direção-Geral das Artes e Câmara Municipal de Lisboa
O projeto Sete Anos Sete Peças é apoiado pela Câmara Municipal de Almada
© Bruno Simão