Reconhecido pelo trabalho de editor desenvolvido com a netlabel Merzbau — que lançou nomes da dimensão incontornável de um B Fachada ou um Noiserv — Tiago Sousa tem vindo a revelar-se, desde a sua estreia a solo, já há seis anos atrás, como um dos mais fascinantes músicos nacionais, “vivendo acima das fronteiras dos géneros”, como escreveu João Lopes (Sound and Vision).
Depois de lançar Walden Pond’s Monk, pela editora norte-americana Immune, apresenta agora o seu primeiro disco de piano a solo Samsara, pela mesma editora. Um disco intrincado e de narrativa complexa, que pega no conceito da filosofia oriental para construir uma peça arrojada e emocionante que marca pela forma harmoniosa como Tiago Sousa consegue equilibrar os opostos: entre o romantismo do século XVIII e a música contemporânea do século XX.