Passante, não chores a minha morte, se eu vivesse tu morrias, é a partir deste famoso epitáfio de Robespierre que surge o título desta peça. O passante e Robespierre não podem estar vivos ao mesmo tempo, e no entanto é isso que os dramaturgos e os atores fazem a grosso modo no teatro: o dramaturgo morre, e o ator ressuscita-o sem ele próprio morrer.
Com caráter de ensaio, de uma tentativa ou de uma investigação, Se Eu Vivesse Tu Morrias explora um dos limites do teatro: o texto. Contrariando a ideia de que um espetáculo de teatro decorre no presente, esta peça evidencia a não-presença, a fantasmagoria, o outro acontecimento que não é aquele que decorre no presente.
Um espetáculo que não convoca os mortos para a vida, mas que nos convoca a nós para a morte, utilizando o texto como auxílio nesta viagem.
Se Eu Vivesse Tu Morrias ganhou o prémio SPA 2017 para melhor Texto Português representado.
Conceção Miguel Castro Caldas, Lígia Soares e Filipe Pinto
Direção e texto Miguel Castro Caldas
Criação, interpretação e figurinos Lígia Soares, Miguel Loureiro e Tiago Barbosa
Criação, cenografia, imagem e figurinos Filipe Pinto
Criação, som, vídeo e luz Gonçalo Alegria
Direção Técnica Cristovão Cunha
Criação e assistência aos ensaios Catarina Salomé Marques
Pré-produção Marta Raquel Fonseca
Produção executiva Vânia Faria
Gestão e difusão [PI] Produções Independentes
Coprodução Fundação Caixa Geral de Depósitos – Culturgest e Fundação GDA
Apoio à produção Pólo Cultural das Gaivotas - CML, AND_Lab; Research on Art-Thinking & Togetherness; Máquina Agradável - Associação Cultural; Enseada Amena – Associação Cultural e Espaço do Tempo
Agradecimentos Ana Matoso, António Gouveia, Bruno Humberto, Fernanda Eugénio, Marta Rema, Miguel Cardoso e Susana Gonçalves
© Vitorino Coragem