Um pai recentemente desempregado e falido decide sequestrar os três filhos, depois de assassinar a mulher e o seu amante. O pai e os filhos convivem, então, num espaço exíguo e em condições precárias. Todo o discurso do pai é construído em torno de um delírio verosímil sobre a sociedade, a família, a política e também sobre o amor, a falência do mundo interior e exterior. O pai exerce violência através da linguagem e os filhos expressam-se por intermédio do canto lírico.
Veneno foi escrito a partir de narrativas factuais verídicas, recolhidas num universo cosmopolita contemporâneo. Veneno aborda, assim, fundamentalmente as consequências da falência social e a extinção da entidade família.
Texto Cláudia Lucas Chéu
Apoio à dramaturgia Mickaël de Oliveira
Direção Albano Jerónimo
Interpretação Albano Jerónimo e Luís Puto
Participação especial Leonor Devlin
Conceção plástica António MV
Desenho de luz Rui Monteiro
Direção de produção Francisco Leone
Produção executiva Luís Puto
© Miguel Bartolomeu