Vontade de ter vontade nasceu de um sentimento de confrontação geracional, que levou Cláudia Dias a refletir sobre a sua própria geração e como se relaciona com o antecedente e o precedente. Transforma o palco num território – Portugal, criando um interessante dispositivo cénico que lhe limita, propositadamente, a ação. Nesta radiografia ao estado de espírito do país viaja para o futuro e para o passado, mas sempre situada no presente. E através do movimento traça o olhar sobre o momento atual que se vive na Europa, evidenciando as relações entre o Norte e o Sul, entre o colonizador e o colonizado, entre o central e o periférico. Vontade de ter vontade é também uma espécie de manifesto à inevitabilidade.
Direção artística, coreografia e interpretação
Cláudia Dias Texto Cláudia Dias e Cátia Leitão
Direção técnica Carlos Gonçalves
Música “América do Norte”, Seu Jorge
Produção e difusão SUMO
Coprodução
deSingel Internationale Kunstcampus e Culturgest Cláudia Dias é uma artista apoiada pela Modul-dance
Fotografia Margarida Ribeiro