“Last”, a mais recente criação de António Cabrita e São Castro, diretores artísticos da Companhia Paulo Ribeiro, estreia nos dias 19 e 20 de setembro, às 21h30, no Teatro Viriato. Nesta nova criação, os coreógrafos elegem a música de Ludwig van Beethoven como fio condutor do ato coreográfico, interpretada ao vivo pelo Quarteto de Cordas de Matosinhos.
“Last”, é a última peça de uma trilogia que António Cabrita e São Castro iniciaram em 2014, com “Play False” e que prosseguiu com “Rule of Thirds” (2016), e em que cada criação coreográfica esteve centrada num conceito concreto: primeiro a palavra, depois a imagem e, agora, por último, a música.
“Last”, a mais recente criação de António Cabrita e São Castro, diretores artísticos da Companhia Paulo Ribeiro, estreia nos dias 19 e 20 de setembro, às 21h30, no Teatro Viriato. Nesta nova criação, os coreógrafos elegem a música de Ludwig van Beethoven como fio condutor do ato coreográfico, interpretada ao vivo pelo Quarteto de Cordas de Matosinhos.
“Last”, é a última peça de uma trilogia que António Cabrita e São Castro iniciaram em 2014, com “Play False” e que prosseguiu com “Rule of Thirds” (2016), e em que cada criação coreográfica esteve centrada num conceito concreto: primeiro a palavra, depois a imagem e, agora, por último, a música.
Neste desafio consciente sobre a relação entre a música e o movimento, os coreógrafos criaram uma coreografia para a obra musical The Late String Quartets, de Ludwig van Beethoven. Uma escolha centrada na complexidade da estrutura, na ousadia, nos contrastes, na poética da composição exposta por um homem irascível e imerso em surdez profunda. Tal como António Cabrita e São Castro referem “a escolha tornou-se uma tarefa exigente e arriscada”, uma vez que “a obra que expõe os últimos e mais privados pensamentos do compositor é considerada uma das mais belas e complexas peças musicais de todos os tempos.” The Late String Quartets foi composta por Beethoven ao longo dos seus três últimos anos de vida.
Desde logo, foi evidente para os coreógrafos que “esta obra teria de ser tocada ao vivo”, permitindo assim ao público uma experiência única, a de ouvir e visualizar a obra de Beethoven, como ele nunca teve a oportunidade de fazer, “testemunhando a contemporaneidade da mesma através do que reflete sobre a inconstância, o caos, a beleza e a incerteza do nosso presente”. O convite foi dirigido ao Quarteto de Cordas de Matosinhos, um coletivo de enorme qualidade artística e profissional, que, de imediato, aceitou o desafio de interpretar ao vivo a obra do compositor.
Na construção coreográfica, dramatúrgica e cénica desta peça, António Cabrita e São Castro partem da dicotomia entre espaço público e espaço privado, tão presente na forma como Beethoven pensava a música, criando também um espaço privado entre os músicos e os bailarinos, que lentamente se vai abrindo e alargando ao espaço público, ao público observador, testemunha da relação entre a música e a dança, numa assunção do que consideram “o trio perfeito”.
António Cabrita e São Castro salientam que em Portugal “ainda são raras as oportunidades de de assistir a peças de dança com música tocada ao vivo, especialmente, quando se trata de obras clássicas tão complexas como esta”. “Podermos sentir a vibração acústica dos instrumentos, sentir a energia dos músicos, sentir as duas matérias, música e dança, presentes e a colaborarem é, sem dúvida, um encontro emocionante”, salientam.
“Last” estreia no ano em que se assinalam 20 anos de reabertura do Teatro Viriato, e do qual a Companhia Paulo Ribeiro é também companhia residente há 20 anos e muito próximo da celebração dos 250 anos do nascimento de Ludwig van Beethoven (2020). É uma coprodução do Teatro Viriato, Teatro Municipal do Porto e São Luiz Teatro Municipal.