Estou a escrever este texto antes do famoso 21 de Dezembro de 2012. Para uns representa o anunciado fim do mundo, para outros pode ser o início de um mundo melhor ou simplesmente a prossecução com dignidade daquilo que têm vindo a fazer ao longo dos anos. Para nós, em Portugal, como não podia deixar de ser, é mais uma incógnita... uma incógnita em relação ao nosso futuro e, sobretudo, no que concerne ao nosso futuro cultural. Por mais longevidade que tenha, e resiliência, parece condenado ao lugar do sonho que não consegue sair de um espaço fechado onde só entra a luz pela frincha de uma janela mínima, tão longe do chão que não se consegue alcançar, nem para os privilegiados de estatura maior.