Quando observamos a imagem na fachada do Teatro Viriato somos interpelados por uma espécie de beleza em construção. Há uma disparidade, um excesso de elementos que nada têm a ver entre si. No entanto, esta estranheza é bela e cria um sentido para além do sentido. Há uma memória intemporal. Há um presente a lançar-se para a frente. Há um calor que convida a entrar no Teatro e a descobrir uma programação à imagem, mas também muito para além do cartaz.
Sou avesso a falar da programação no editorial. A maior parte das vezes é o meu instrumento para discorrer em tons de provocação sobre o presente e lançar arremessos de esperança para o futuro.
A primeira temporada de 2016 é perfeita, não posso falar em antecipação sobre quase nada, porque quase toda a programação é feita de novas criações, de descobertas, de inéditos. É um convite à confiança à viagem. As grandes obras fazem-se de coisas simples. É essa simplicidade exigente que caracteriza alimenta e electriza o início do ano. Bom Ano.
Paulo Ribeiro