(...) O projecto W-Est_Where, para além de favorecer a partilha de boas práticas, criou condições para a mobilidade de jovens coreógrafos em contextos de formação, reflexão - nomeadamente com coreógrafos de outras gerações - e apresentação de espectáculos, dando-lhes a possibilidade de colocarem o seu trabalho em contacto com públicos de diferentes culturas. Este último aspecto foi aliás uma constante ao longo de todo projecto e os encontros entre espectadores e artistas revelaram-se férteis na produção de pensamento crítico sobre as peças apresentadas.
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O W-Est_Where revelou-se estruturante para a perda do “complexo do leste europeu” e conseguiu colocar diferentes raízes culturais em diálogo para promover a dança e a mobilidade dos seus agentes.
E é isto que se espera dos governos em geral – a capacidade e a vontade em se criarem condições para o desenvolvimento do trabalho artístico, sem mecanismos de controlo excessivos que entravem a mobilidade. E sem receio das consequências sociais, políticas e económicas que essa mobilidade possa acarretar.