Em 2019, o Teatro Viriato associou-se ao Teatro Nacional D. Maria II, ao Centro Cultural Vila Flor e ao O Espaço do Tempo na promoção da Bolsa Amélia Rey Colaço, criada em 2018, altura em que se celebrou o 120.º aniversário do seu nascimento. Amélia Rey Colaço foi atriz e encenadora, considerada pioneira na História do Teatro Português.
Esta é uma bolsa de criação destinada a apoiar a produção de espetáculos de jovens artistas e companhias emergentes, facilitando o acesso a meios de produção fundamentais para a criação de novas dramaturgias.
Em seis anos consecutivos, a
Bolsa Amélia Rey Colaço apoiou já a criação de seis espetáculos de jovens artistas: “Parlamento Elefante”, de Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça (2018), “Aurora Negra”, de Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema (2019), “Ainda estou aqui”, de Tiago Lima (2020), “Another Rose”, de Sofia Santos Silva (2021), “As Três Irmãs”, de Tita Maravilha (2022) e
“POPULAR”, de Sara Inês Gigante (2023).
A peça de Sara Inês Gigante será apresentada no dia 14 de junho de 2024, no Teatro Viriato.
CORRE, BEBÉ!, de Ary Zara e Gaya de Medeiros
vence a 7.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço
“Corre, bebé!”, de Ary Zara e Gaya de Medeiros, é o projeto vencedor da 7.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, uma iniciativa promovida pelo Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa), A Oficina / Centro Cultural Vila Flor (Guimarães), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo), e o Teatro Viriato (Viseu), com o objetivo de apoiar a produção de espetáculos de jovens artistas e companhias emergentes.
Ary Zara destaca-se como argumentista e realizador de cinema. A sua curta-metragem “Um Caroço de Abacate” integrou a shortlist para o Óscar de Melhor Curta-Metragem em Imagem Real. Integra o coletivo BRABA como cocriador e interprete das peças “Atlas da Boca” e “BAqUE”. É o diretor criativo da Queer Art Lab.
Gaya de Medeiros é atriz, bailarina, produtora e criadora. Desde a sua chegada a Portugal, assinou a criação de “Atlas da Boca”, “BAqUE“ e “Pai para jantar”, que circularam por vários pontos do mundo. Fundou a BRABA para fomentar ações protagonizadas por pessoas trans e não binárias. A sua pesquisa concentra-se na expansão das narrativas autobiográficas e na tensão entre o corpo, a palavra e o público.
“Corre, bebé!” é um projeto multidisciplinar, que cruza performance e cinema. Em palco, estarão Ary Zara e Gaya de Medeiros, para protagonizar uma performance de cerca de 1 hora, que dará depois origem a uma curta-metragem de cerca de 15 minutos, filmada por Rita Quelhas. Esta curta-metragem pretende acompanhar uma mulher trans e um homem trans em torno das problemáticas de gerarem um bebé, pensando as questões da parentalidade.
O prémio para o projeto vencedor da Bolsa Amélia Rey Colaço traduz-se na atribuição de um valor pecuniário de 24.000 euros, para além do acesso a várias residências artísticas e da possibilidade de apresentar o espetáculo nos quatro Teatros parceiros. Nesta 7.ª edição da Bolsa, foram recebidas 61 candidaturas.