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PROGRAMA DE RESIDÊNCIAS DE CRIAÇÃO Iniciado em janeiro de 2023, o Teatro Viriato continua o seu Programa de Residências de Criação que procura contribuir para o desenvolvimento dos percursos dos criadores nacionais e internacionais, através de cedência de espaços de experimentação, de apoio financeiro e condições artísticas para a produção e difusão das artes performativas. Ao longo dos anos, o apoio a artistas tem sido um dos eixos fundamentais do projeto Teatro Viriato e com este programa procuramos ir mais longe e em diálogo próximo com os seus criadores. de PAPILLONS D’ÉTERNITÉ (TÂNIA CARVALHO & MATTHIEU EHRLACHER) “Nymphalis Antiopa” é uma obra de dança contemporânea que desvenda a cumplicidade criativa entre dois artistas, explorando o diálogo de contrastes e interações. O espetáculo coreográfico destaca a dança como um idioma universal, onde dois corpos se entrelaçam, desafiam o equilíbrio e a fluidez, exploram a fronteira entre movimento e imobilidade. Num cenário utópico, desprovido de preconceitos de gênero e expetativas sociais, os protagonistas olham-se nos olhos, dançando numa sintonia íntima e intransferível. Uma viagem emocional, acompanhada por músicas originais compostas exclusivamente para a coreografia, com uma intensidade sonora que multiplica e amplifica gestos e movimentos e que joga com as escalas de perceção de vibração, procurando criar várias camadas de experiência sensorial.
TEATRO // 05 a 16 FEVEREIRO A peça “Popular” de Sara Inês Gigante, vencedora da 6ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, marcará presença no Teatro Viriato no dia 14 de junho. A propósito disso, estará, durante duas semanas, a aprimorar os conceitos “popular”, “pop”, “popularidade” e “populismo” que guiam o seu espetáculo, no estúdio do Teatro Viriato. “Popular” acabará sempre por se questionar se poderá ter sido, ou não, popular.
TEATRO // 12 a 22 FEVEREIRO A companhia Mochos no Telhado estreia no Teatro Viriato a peça “MÃE”. Este trabalho junta em palco várias atrizes mães, cocriadoras, que abraçaram o desafio de refletir e questionar o processo de transformação que ocorre na vida de uma pessoa que transita para a maternidade. Com esta residência artística, terminam também o processo de criação deste projeto.
TEATRO // 26 a 29 FEVEREIRO Este projeto dispõe-se a investigar a participação das mulheres na Guerra Colonial portuguesa, nomeadamente através dos aerogramas criados pelo Movimento Nacional Feminino, que eram trocados entre elas e os soldados no Ultramar. Para além de se debruçar sobre essas escritas anónimas, interessa encontrar e ouvir as memórias que essas mulheres desejarem partilhar. Por meio desses encontros, será construída uma leitura crítico-afetiva da história recente de Portugal.
TEATRO e MÚSICA // 08 a 13 ABRIL de ANA MADUREIRA e VAHAN KEROVPYAN Nesta história, que tem como um dos pontos de partida o genocídio arménio de 1915, os artistas projetam o protagonista para um cenário de espaço sideral. É que na Terra decidiu-se que não havia espaço para ele. Será que chegou ao céu para onde vão os mortos? Seja o que for, chegou pelo menos ao espaço vazio de uma terra e uma vida novas. “QUERO um PIANO” será um solo para a infância/famílias, marcado pela música e pelo humor. No Teatro Viriato, os artistas irão desenvolver pesquisa necessária à criação do espetáculo.
THE PROCESS OF BURNING IN REVERSE A convite da Cia de Dança de Almada, São Castro volta a criar para o elenco desta Companhia em 2024. Associando-se ao centenário da morte de Franz Kafka, a coreógrafa alia a expressão do corpo à narrativa visceral e enigmática deste escritor. Este projeto marca a continuidade de uma metodologia de trabalho, com o foco na relação entre a palavra e o corpo.
Após uma primeira residência participativa no Teatro Viriato, em 2023, Vanda Rodrigues regressa para realizar uma segunda residência para o espetáculo “Paisagens Inúteis”. Uma residência que prepara as últimas linhas para a boca de uma intérprete e as mãos da outra de um espetáculo que acontecerá na paisagem, um espetáculo não capacitista e bilingue (língua portuguesa e língua gestual portuguesa), onde o público é também ator performativo.
“Andar para trás” constrói uma fábula, uma possível história do movimento, fazendo uma caminhada ao inverso e de reverso. Traça um caminho em direção ao futuro olhando o passado e refletindo sobre a natureza invasiva e infestante da espécie humana, que explora as matérias da terra enquanto capital, levando ao esgotamento do ecossistema. Esta fábula dançada evoca um ecossistema que reflete e cria possíveis pontos de vista para o futuro.
de DALLY SCHWARZ e MARCOS AGANJU (BR) “OVNI - objeto visível não identificado” é um cruzamento disciplinar entre imagem, dança e ambiente sonoro. Um projeto que, através do corpo e da sua relação com o material plástico de uma tenda, viaja nas noções de habitar, viver, abrigar e nascer no mundo contemporâneo.
A MATANÇA DO PORCO DO PAI de SÓNIA BARBOSA | RITUAL DE DOMINGO Uma família. Uma comunidade. Um mundo. Um porco para matar. O porco do pai. Um ritual ancestral que traz à tona feridas familiares.
Esta peça é sobre a memória da violência e a violência da memória. É sobre construir um futuro capaz de acolher o passado. Criação teatral com texto original de Sónia Barbosa, que prevê investigação, envolvimento de comunidades, formação artística e 5 apresentações em diferentes localidades.
TEATRO // 16 a 21 SETEMBRO AURORA (OU LIVRO) de PAULA DIOGO
O ato de leitura como ponto de partida, um espaço habitado por corpos que condicionam ou direcionam a nossa ação. Pensar e habitar o corpo como uma matéria tátil e reativa, que quando privada da visão, ativa outras formas de ler o mundo e de se relacionar com a realidade. Um projeto que aposta na construção de uma linguagem cénica baseada na relação entre corpo e espaço.
CRUZAMENTOS DISCIPLINARES // 02 a 06 SETEMBROA AUSÊNCIA DA MINHA PRESENÇA de BRUNA CARVALHO
A criadora e intérprete Bruna Carvalho encontra-se a desenvolver a sua nova criação. Cruzando dança, música e iluminação, como nos tem vindo a habituar, a artista pressente aquilo que ainda não viu, descobre as marcas da sombra e permite que o vazio do silêncio e do tempo se instale para que “A ausência da minha presença” tome lugar. O resultado final será apresentado na próxima edição da NANT, no Teatro Viriato.
TEATRO // 23 a 28 SETEMBRO
AURORA de PAULA DIOGO | Má Criação
O ato de leitura como ponto de partida, um espaço habitado por corpos que condicionam ou direcionam a nossa ação. Pensar e habitar o corpo como uma matéria tátil e reativa, que quando privada da visão, ativa outras formas de ler o mundo e de se relacionar com a realidade. Um projeto que aposta na construção de uma linguagem cénica baseada na relação entre corpo e espaço.
DANÇA // 30 SETEMBRO a 04 OUTUBRO
REDE DE RESIDÊNCIAS PALOP Uma iniciativa Estúdios Victor Córdon com CulturArte e Camões — Maputo
O Teatro Viriato junta-se à Rede Internacional de Residências PALOP, uma iniciativa dos Estúdios Victor Córdon com a CulturArte e o Camões — Maputo, que tem como objetivo promover a circulação e criação conjunta entre artistas de países africanos de Língua Oficial Portuguesa e artistas de Portugal. A iniciativa nasce de um convite lançado pelos Estúdios Victor Córdon à CulturArte para a ampliação do projeto RIR PALOP — Rede Internacional de Residências. Nesta primeira edição alargada, à qual também se juntam CRL-Central Elétrica/Circolando (Porto) e A Oficina (Guimarães), irão participar artistas de Moçambique, São Tomé e Príncipe, Angola, Cabo Verde e Portugal. Ao longo de cinco semanas, cinco artistas, escolhidos pelo bailarino e coreógrafo Panaibra Canda, irão desenvolver residências em Lisboa, Porto, Viseu e Guimarães, através das quais terão a oportunidade de desenvolver as suas coreografias, bem como receber formação nas áreas técnicas, de produção e comunicação. O programa desta edição termina em Maputo com a apresentação pública do trabalho realizado ao longo das residências.
TEATRO E DANÇA // 07 a 18 OUTUBRO
TUDO O QUE EXISTE de ANA SEIA DE MATOS, SOFIA MOURA e MARIANA SILVA
Ana Seia de Matos estreia-se na criação de um espetáculo de teatro, com “Tudo o Que Existe”, em cumplicidade com as intérpretes e cocriadoras Sofia Moura e Mariana Silva. Este trabalho artístico cresce a partir da vida de Isadora Duncan (1877-1927) e Hipátia (c. 355 - 415 d.C.) e do que seria um diálogo entre ambas, explorando a dimensão espiritual das suas vidas. Para Hipátia, essa dimensão encontra-se nos livros, no estudo e no academismo. Para Isadora na emoção e nos sentimentos, na liberdade que cultiva. No conflito entre estas visões, aparentemente contrárias e cruzando ideias de espiritualidade secular e religiosa, reflete-se acerca do que nos move hoje, num mundo que de tão rápido e intenso, nos convida a desligar e a funcionar como autómatos. Podemos encontrar inspiração nestas duas mulheres? Há pistas para uma vida mais plena nas suas visões?
PERFORMANCE // 11 a 20 NOVEMBRO
RE.SET A metaphor for my queer emancipation de Be Dias
Desafiando-se à criação de uma performance autobiográfica em colaboração com pessoas sensíveis, Be celebra o re.nascimento da sua identidade queer enquanto pessoa lésbica e de género fluído, mapeando memórias que invocam a necessidade de imobilizar o corpo e de descobrir a sua voz para traduzir aquilo que não é tangível ao olhar e refletindo sobre o desconforto enquanto manifestação daquilo que herdamos íntima e socialmente.
O projeto irá estrear na NANT de 2025.
DANÇA // 18 a 29 NOVEMBRO
CARTA AO CORPO QUE LUTA de SÃO CASTRO e ANTÓNIO M CABRITA PLAY FALSE | associação cultural
“Carta ao Corpo que Luta”, é uma peça coreográfica, que se apresenta como uma carta escrita por uma mulher ao corpo que luta... o dela, o de todos, como um diálogo íntimo entre corporeidades, promovendo uma reflexão sobre as lutas inscritas nos corpos. Neste projeto, estabelece-se uma conexão entre alguns dos textos que compõem a obra literária “Novas Cartas Portuguesas” e o trabalho do corpo e expressão artística de coreógrafas pioneiras da dança moderna nos anos 60 e 70, como Martha Graham, Yvonne Rainer, Lucinda Childs. Estas duas matérias artísticas partilham o foco no corpo feminino como tema central, na quebra de convenções e na exploração da liberdade individual e coletiva, particularmente no que diz respeito ao papel e à representação da mulher na sociedade e na arte.
DANÇA // 04 a 07 DEZEMBRO
DURAREI POR PAZ E NUNCA POR MAL de MÉLANIE FERREIRA e DANIEL MATOS
Como é que esperamos pelo início? Como é que contemplamos a espera partilhada entre intérprete e público? Neste espetáculo, que Mélanie Ferreira e Daniel Matos se encontram a desenvolver, os artistas procuram questionar o conflito entre obra e espectador antes da experiência estética que é tomada como experiência total, analisando o começo real do objeto coreográfico para lá do concretismo da ação que é suposto ser gatilho ativador de linhas dramatúrgicas que vêm desde o antes, desde o foyer ou do autocarro em direção ao teatro. Como valorizar esta rede do antes, durante e depois como matéria dramatúrgica e coreográfica?
Este trabalho será apresentado na NANT de 2025.
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